3 Se o estupro for inevitável... relaxa e goza?

imagem via O Globo

"De acordo com "fontes confiáveis" citadas pelo especialista, Morteza Abdolali Sarbandi teria agredido fisicamente e sexualmente a jovem que, tentando se defender, esfaqueou o homem antes de fugir e chamar uma ambulância.

A Justiça iraniana havia dado várias oportunidades para a família da vítima perdoa-la, o que, de acordo com a sharia (lei islâmica) em vigor no Irã, permite que uma sentença de morte por assassinato seja anulada em troca de uma sentença de prisão." (G1)

"não conseguiu perdão dos parentes do homem que matou." - Okay, até entendo que a família sofra com a morte do parente. Triste é ver que a família não a perdoou por matar um parente deles que a estuprou porque isso é meio como dizer que o crime dele não foi tão grave pra ser punido com o crime dela.  O que nem é algo espantoso visto o alto número de estupros em festinhas de amigos, em faculdades, na carona com um colega...

Muito comum é a turma (na sua cidade, na minha cidade) se referir a estupro como algo que 'se for inevitável, relaxa e goza' ou como se essa violência fosse algo que se resolvesse com o "lavou, tá novo". Sem contar que muitas vezes as pessoas acham que a vítima de estupro tem culpa no fato e a maioria dos estupradores acham que, no fundo, a mulher gostou. 

imagem via keep calm o matic

Mas o estupro não machuca só o corpo,  marca a alma, muitas vezes por uma vida inteira. Mas triste mesmo é saber que há mulheres que não são amparadas pela lei num caso desses. A lei deveria se pautar na circunstancias dos fatos, não em crenças, não em culturas, não em opiniões pessoais.

Se nem a lei é por nós, mulheres, o que será de nós enquanto pessoas vítimas de violência sexual?



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