Notícia no começo da semana foi a declaração da
coreógrafa Débora Colker de 'que vai entrar na Justiça
contra a Gol, após o constrangimento passado por seu neto de 3 anos – que tem
uma doença de pele chamada epidermólise bolhosa' (saiba mais sobre o episódio no G1). O fato aconteceu depois que um médico da Infraero foi chamado para diagnosticar que o neto dela não sofria de uma doença contagiosa.
Olha, eu penso assim: Em situações como
essa quem tem obrigação de tomar as devidas providências pra evitar esse tipo
de constrangimento é a pessoa portadora da doença ou a família desta.
Sim, sempre que alguém se mete com alguém da nossa família, viramos bichos...mas nem sempre é um comportamento que melhor ajuda a pessoa que achamos estar preservando, muitas vezes é necessário olhar para ela com os olhos que as outras pessoas olharão.
A família, consciente do problema visível do garoto, devia chegar ao aeroporto preparada e, já com atestado médico em mãos, procurar os responsáveis pelo voo e dar as devidas explicações antes mesmo do embarque.
A família, consciente do problema visível do garoto, devia chegar ao aeroporto preparada e, já com atestado médico em mãos, procurar os responsáveis pelo voo e dar as devidas explicações antes mesmo do embarque.
Reclamam do tipo de abordagem que foi
feita. Bem, eu não estava lá, mas sei que em muitas situações as pessoas são
despreparadas para abordar as outras assim como também sei que, em mutias
situações, quem causa o tumulto é a pessoa abordada ou a família desta que
costuma reagir com indignação, quase sempre em voz alta.
Débora declarou :"Vou processá-los, quero que sirva de exemplo para que
não aconteça com nenhuma doença rara. Doença faz parte da vida, temos que
proteger essas crianças. São crianças frágeis, que precisam ser protegidas, não
atacadas. A Gol vai ter que servir de exemplo".(G1)
Na matéria Débora diz que o neto percebeu que falavam dele e entendo que Débora tenha ficado revoltada, afinal, criança é algo que mexe com todo mundo, imagina quando é filho, neto... mas se há a preocupação em proteger de constrangimentos uma criança, de uma doença que é visível aos olhos de todos e, sim, pelas fotos é algo que impressiona, talvez fosse melhor tomar providências agora esclarecendo o maior número possível de pessoas para tentar evitar constrangimentos maiores no futuro porque, conforme ele crescer, se a doença permanecer, o constrangimento social pode ser algo mais difícil de lidar.
Processar em situações onde achamos que fomos tratados com falta de respeito é um direito, mas talvez ajudasse mais aos portadores da doença, como o neto de Débora, se as famílias fizesses panfletos e já entrassem no avião distribuindo aos passageiros ou as mães na escolinha... Sim, pode parecer exagerado, mas é a informação que pode evitar situações parecidas (porque quando fui babá já vi mãe assustada arrancando filho de perto de outra criança por problemas de pele aparentemente menos visíveis) .
imagem via Ego
Queremos proteger quem amamos, mas em casos onde, sim, quem amamos atrai olhares desconfiados, muitas vezes a forma de proteger é informar esses olhares do que se trata.
As pessoas sempre vão olhar, vão reparar, vão comentar... o que podemos fazer é tentar ajudar para que a ignorância delas não as faça ter medo e que esse medo não as faça se afastar. Isso sim causa muita dor e tristeza...
Um colo,um carinho, um 'vai ficar tudo bem' são coisas que podemos dar dentro de casa, infelizmente nem sempre isso basta fora dela.
Tentar preparar o mundo para aceitar as pessoas do jeito que elas são é um exercício diário, muitas vezes didático, quase sempre ingrato.
Mas é uma forma de tentar fazer o mundo ser um pouco menos cruel para quem amamos.
Algumas vezes é só o que podemos fazer. Tentar.
Pode parecer pouco, mas acredite, é muito mais do que a maioria das pessoas, na prática, faz.
Absolutamente correto, sem ter o que acrescentar. Senti toda a dor que esta avó deve ter sentido, mas não adianta tal revolta. Ninguem tem obrigação de olhar as lesões no corpo da criança e saber realmente do que se trata. E em se tratando de doença o atestado médico é mais do que necessário para esclarecimentos em lugares públicos. Naturalmente este procedimento já deve ter sido exigido para a criança freqüentar a escola ou clubes. O maior problema é que para proteger a criança e muito mais a família, ao invés de divulgar para esclarecer, optam pelo "não chamar à atenção" e querer que todos ajam com naturalidade.
ResponderExcluirAcompanhei no G1, e não preciso falar mais nada, pois vc disse tudo! ótimo post, adoro quando vc trás um assunto da atualidade!
ResponderExcluirbeijos
Falou tudo. Acho na verdade que se pode dividir esse assunto eu dois tópicos distintos: A obrigação e o cuidado que deve-se ter quando um filho é portador de uma doença que pode causar constrangimentos (levar uma declaração médica resolveria)e o despreparo que ocorre com a maioria dos funcionários que lidem diretamente com o público, principalmente no Rio de Janeiro.
ResponderExcluirBeijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/
Infelizmente as pessoas reparam tudo que é diferente. Não precisa ter necessariamente uma doença como essas. Se vc é tatuado, acham que é bandido, se usa piercing acha que é drogado e por aí vai. As pessoas fazer pré julgamento.
ResponderExcluirBig Beijos
Lulu on the sky
http://luluonthesky.blogspot.com
Parabéns pelo texto. Exatamente isso mesmo. As vezes a própria familia da pessoa que tem essa doença devia protege-lo de falatórios. A gente sabe que os outros que não sabem da doença vão olhar, vão falar. O que melhor seria é não processar e sim informar os outros. A pessoa tem que se colocar no lugar do outro para saber qual será a sua reação! E não sair gritando que vai processar. O rapaz da companhia aerea estava fazendo o seu papel, ele não tem que saber que o que o garoto tem é grave e/ou contagiosa! Quem tem que informar são os parentes!
ResponderExcluirBeijos
Adriana
Não havia pensando (ou olhado) por esse ângulo. Está perfeito seu pensamento. Concordo! A ideia do panfleto não é exagerada não... É ótima. Tenho certeza que a história teria sido diferente se tivessem feito isso.
ResponderExcluirBjksssssss, fique com Deus querida!
http://osonhodethalia.blogspot.com.br/