Priscila Ferreira me convidou para a blogagem coletiva "O Meu Lugar Inesquecível" e eu achei o título da blogagem tão fofo que nem imaginava que ia ser muito, muuuuito difícil encontrar o 'meu' lugar inesquecível...
Pensei na cidade onde nasci e estou morando novamente, pensei no Rio de Janeiro e em Salvador, lugares onde já morei, pensei no Paraguai onde fui fazer compras, pensei em Maringá que é uma cidade perto da minha, mas bem maior, que é para onde eu fujo uma vez por ano para poder encontrar um sebos, passear em shopping, ir aos cinemas...
Mas 'lugar inesquecível' parecia algo tão maior do que as lembranças desses lugares e aí, confesso, fiquei meio deprimida por não ter um lugar inesquecível. Já ia dizer para a Priscila 'agradeço, mas não vai rolar...' quando li no final do post dela 'Lembranças afetivas, visuais, olfativas ou sentimentais estão presentes em nossas vidas e nelas incluímos locais onde estivemos...' e então me lembrei de Cuiabá e dos dias que passei por lá quando meu irmão sofreu um acidente de moto. Fui pra lá cuidar dele já que ele estava morando sozinho e fazia pouco tempo que estava na cidade.
Meu irmão fraturou a coluna, teve que ser operado e dias depois voltou para o quartinho onde morava e eu que fico tonta vendo sangue e tenho palpitações vendo pontos cuidei do meu irmão que, nos primeiros dias, não podia se mexer, só gemia por causa das dores, o remédio prescrito acabou, o médico dizia que 'ele operou da coluna, claro que dói...'.
Foi um período difícil onde ele teve que aprender a ser cuidado e eu tive que aprender a cuidar e não foi fácil para nenhum dos dois: se para quem está doente é sofrido fisicamente, para quem cuida do doente é uma dor emocional já que, de certa forma, não pode fazer nada realmente eficiente pra aliviar a dor do outro e há os 'constrangimentos' que certas limitações oferecem como no caso de precisar fazer as suas necessidades nas tais 'comadres' e precisar ser limpado como um bebê, mas meu irmão teve sorte; o corpo se recuperou bem, logo ele pode caminhar com as próprias pernas e limpar a própria bunda...não que eu não zoe ele vez ou outra por causa disso :)
Aqui já dando uma voltas por Cuiabá... é, o colete não é nada fashion
Em Cuiabá eu não fiz passeios turísticos pela cidade, embora tenha amado os orelhões em forma de bichos e ruas com casas e lojas de portas pequenas e coloridas, sem contar no povo tão solidário, gentil e com suas mulheres de cabelos muito longos apesar do calorão infernal que faz por lá...outra coisa que também ficou inesquecível para mim em Cuiabá é que a caminho do hospital eu passava por uma praça e via sempre esse moço desenhando...
Apesar de Cuiabá ser um lugar que eu nunca vou esquecer, tenho a sensação que 'o meu lugar inesquecível', assim como os lugares nesses desenhos vão surgindo aos poucos, ainda está em processo de aparecer na minha vida...E espero que só deixe lembranças alegres :)
Blogagem coletiva sugerida por:
Lua, que bom que conseguiu participar, fico muito feliz!
ResponderExcluirNão conheço Cuiába, deve ser mega quenta né?rs
Que bom que vc conseguiu forças do 'além' para ajudar o seu irmão, espero que ele esteja ótimo hoje em dia!
Já esses mocinhos que pintam na rua, mas era fora do Brasil, igualzinho assim!
Feliz dia da mulher,beijos
Priscila hoje meu irmão está ótimo, até entrou para a polícia...não que isso me deixe feliz, mas como era o sonho dele...
ExcluirEsses artistas de rua fazem muito sucesso lá pra fora,né não? No Brasil não são muito valorizados, mas tem gente muito talentosa...
Feliz dia da mulher pra nós...bjo
Nossa, a vida faz agente muda neh?
ResponderExcluirParabéns pelo nosso dia!!!
Beijinhos, beijinhos!
Tamiris Bockmann!
É, as vezes a vida da uns sustos e nem nos dá muita opção de escolha não...vai empurrando e dizendo 'vamo, vamo..' e aí ou a gente vai ou ela nos derruba :)
ExcluirParabéns pra nós, mulheres que não deixamos a vida nos derrubar :)
Não conheci Cuiabá, mas eu amo o Rio.
ResponderExcluirbig beijos
Lulu
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A Jan que também participou dessa blogagem também tem Cuiabá como cidade inesquecível. Eu tenho amigos de lá que moram aqui em Cabufa que adoram a cidade e são cheios de nostalgia. Uma amiga está com viagem programada para lá, acho que vou ver essa praça com esse moço desenhando... Acho que Cuiabá se tornou inesquecível pois foi um momento de necessidade, quando o seu irmão precisou de você. Quando nos sentimos necessários, cresce mais ainda dentro de nós, o sentimento de solidariedade - as energias boas batem e voltam - e estamos nesse mundo para isso, Lu!! Temos que nos unir e ajudar um ao outro.
ResponderExcluirVai para a minha coleção de gente que ama Cuiabá - ou eu deveria dizer "pessoas" para você não brigar comigo?
Beijus,
Luma tire fotos do moço se ele ainda estiver por lá :)
ExcluirOlha, eu nem sei se estamos nesse mundo mesmo pra isso, pra sermos solidários, mas mutas vezes a gente faz o que tem que fazer...Tudo bem que tem uns que fogem, mas não é meu caso rs
em relação ao 'gente' e 'pessoas', será por causa daquele post onde eu dizia que as pessoas falam muita ' a gente'?
mas o 'a gente' que eu citei lá, não é o mesmo 'gente' que vc citou cá, e mesmo que fosse, eu não iria brigar. Até porque eu continuo escrevendo/falando 'a gente...' embora ache que é mais 'bonito' escrever 'nós...' ou 'conosco...'
Eu nasci em Caxias (Baixada Fluminense - RJ); fui registrado como se estivesse nascido no Andaraí (bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro); passei minha infância em Magé, que fica a caminho de Teresópolis, região serrana do Rio. A Famosa Lapa, com seus Arcos, onde eu cheguei na minha adolescencia para trabalhar como lavador de pratos numa adega que fica no Largo do Machado, e onde comecei a morar sozinho, dividem com Rio das Pedras, a favela onde moro hoje, os lugares, não inesquecíveis, mas preferidos.
ResponderExcluirNunca fui.... já fui para Vitória, pensa em um lugar quente? É lá. Mas a sensação foi maravilhosa. Amei passar um tempo lá. Com certeza.
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